
História da Juventude Leonina
A formação do movimento ultra em Portugal surgiu há já longos anos. No final dos anos 70 começam a surgir as condições e vontade para a criação de claques no nosso país. 1976 é o ano, o pioneirismo tem um nome : Juventude Leonina!
Fundada por João e Gonçalo Rocha filhos do então presidente do Sporting, João Rocha, rapidamente se tornou um marco único na história do grande clube verde e branco fundado em 1906. E de um grupo de amigos de escola, nascia a primeira claque organizada em Portugal. Apesar de muitos poderem ter reticências quanto à data de fundação do grupo, a Juve Leo possui nos seus ficheiros (que disponibilizará a quem desejar) artigos , nomeadamente fotos, que facilmente comprovam a data de fundação. A Juve Leo cresce, e logo se caracteriza por uma imagem de marca muito própria, bandeiras gigantes, grandes fumaradas, os potes de fumo e as tochas eram usuais em todos os jogos (os jogos mais marcantes as este nível foram o derby com os lampiões (86/7), aquele dos 7-1, a maior fumarada alguma vez vista em Portugal, e também o derby de 95/6, com tochas presas nas redes das bancadas sul e nova do nosso estádio) , mas principalmente, e o que ainda hoje caracteriza a Juve Leo, o incondicional apoio à equipa. Nos bons, e principalmente nos maus momentos, a claque esteve sempre ao lado do clube!
No inicio dos anos 90, a inverte a sua política a nível coreográfico, também devido à proibição de uso de material pirotécnico. Alvalade vê grandes espectáculos, e são disso marca os jogos com Casino Salzburg (93/4); Real Madrid (94/5 e 2000/1); Beitar (97/8); e claro todos os jogos contra os lampiões e tripeiros. Principalmente nos derbys foram sempre feitas coreografias marcantes da nossa história.
As trasfertas também sempre foram um forte da Juve Leo. Ficam na história as majestosas deslocações a Roterdão (Feynoord), Bilbao, Bolonha (duas vezes), Madrid (duas vezes, a primeira em 94/5, talvez a maior deslocação de um grupo português ao estrangeiro), Sevilha, San Sebastian, Telviv – Israel (jogo com o Macabbi Haifa, a Juve Leo foi a primeira claque em todo o mundo a estar presente oficialmente em Israel), Moscovo, Austria (viagem de 8 dias de autocarro), Leverkusen (o celebre roubo dos equipamentos de treino dos jogadores do Bayern), Nápoles (cidade onde muito poucas claques iam, mas devido ao respeito que todos tinham pela Juve Leo, todos os nossos ultras que lá se deslocram foram bem recebidos), e claro todas as efectuadas no nosso país, principalmente à lixeira da luz e antas. A Juve Leo foi ainda pioneira na “moda” dos cortejos, principalmente para os jogos em casa, Por tudo isto, e muito mais Juve Leo é a única claque vencedora de quatro trofeus Gandula.

Ao longo da sua história, a Juventude Leonina, contou apenas com três amizades oficias. A única que ainda se mantém é com o grupo Grobari, do Partizan Belgrado, e que ficou ainda mais realçada aquando do recente jogo entre as duas equipas. As outras duas, nunca de consenso, tiveram já o seu termino. A mais antiga com o grupo B-Side, dos Go Ahead Eagles, da Holanda, amizade fomentada devido à presença naquele grupo de um elemento da Juve Leo. A mais recente e mais famosa com os Settebello da Fiorentina, onde vários elementos nossos chegaram a viajar até Itália e elementos deles também vieram ao nosso país para assistir a jogos na nossa curva. No entanto tudo isso pertence ao passado, mas continua a existir contactos nível pessoal de alguns ultras da Juve Leo. Em termos nacionais, existiu em tempos boas relações com os Super Dragões.
Actualmente Juve Leo é liderada por Fernando Mendes, líder carismático que já se mantém no activo á mais de 10 anos, e conta já com mais de 20 anos de Juve Leo. Fernando Mendes assumiu à muito a “cara” da Juve Leo, e esta ligação entre ambos durará para sempre. O presidente tem consigo, a trabalhar, uma direcção, e uma organização onde se englobam todos os chefes de núcleo, bem como outros membros.
O grupo teve de avançar conforme os novos tempos e encontra-se já devidamente legalizado.
A Juve Leo chegou em tempos a atingir mEsmo o numero de oito mil. Ao longo da sua história já teve centenas de núcleos, neste momento conte com cerca de 60 núcleos oficializados.

Nestas, quase 3 décadas de existência, a claque viveu três momentos muito críticos, dois deles quase deitavam por terra o grande nome da claque. Felizmente nada disso aconteceu. O primeiro o no dia 31 de Outubro de 1992, quando a sede do grupo foi incendiada. Renascer das cinzas não foi tarefa fácil, mas a enorme dedicação e força de vontade de todos, permitiu isso não passasse apenas de uma breve ilusão para os rivais. Outro desses momentos foi o vivido em setembro de 2000, o celebre episódio de Faro. Mais uma vez a Juve Leo resistiu a tudo e a todos, e nesse mesmo ano o Sporting sagrava-se campeão, ao fim de 18 anos, e a claque era agora tida como peça fundamental na conquista do campeonato. Outro dos momentos mais tristes vividos pela Juve Leo, foi morte de dois dos seus ultras, em maio de 1995, na “queda do varandim”. Situação de grande dor para todos nós.